terça-feira, 13 de outubro de 2009

Visão estratégica

Por Turu Goulart de Andrade
Com os avanços nas áreas organizacional e tecnológica, empreendedores precisam estar adaptados às demandas profissionais
Para sobreviver num mercado competitivo, é fundamental que o gestor entenda o cenário e o contexto no qual seu negócio está inserido. Além disso, também é necessário que o negociante anteveja quais são as tendências para médio e longo prazo, para sair na frente de seus concorrentes. Até pouco tempo atrás, por exemplo, pensava-se que a preservação do meio ambiente era um empecilho para a obtenção de lucro. Hoje a prática de atitudes sustentáveis são pilares indispensáveis para que as companhias continuem em cena. “A partir do entendimento maduro sobre o mercado, o empreendedor vai ter de lançar mão de estratégias de competitividade”, diz o professor Alfredo Colenci, que atua na área de pós-graduação do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. “E essas estratégias passam pelas perspectivas econômica, social, ambiental, dos processos internos, dos clientes e da inovação. Os cursos técnicos de gestão empresarial representam uma grande contribuição para a aquisição de maturidade gerencial.”
Segundo Ricardo Romeiro – gerente do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), instituição da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) -, a carência de profissionais formados com qualificação técnica gera um profundo impacto negativo na indústria brasileira, pois as empresas têm que investir em treinamento interno de novos funcionários. “O papel das escolas técnicas é fundamental para a formação dessa mão-de-obra. Porque, com o crescimento que o Brasil passa, vai ser essencial para alavancar a inovação”, afirma Romeiro. “Esse é o grande desafio: além de se adaptar às mudanças, os jovens têm que ter veia empreendedora e capacidade para inovar, de uma maneira que nunca foi solicitado.”
Atualmente é praticamente impossível pensar no sucesso de um empreendimento que não se valha da tecnologia da informação (TI). Determinados softwares possibilitam um controle maior do empreendimento como um todo. O Excel, por exemplo, permite que o empreendedor quantifique materiais e preveja custos, entre outras coisas, de maneira simplificada. Ou seja, é uma ferramenta que facilita a gestão de projetos. Em busca da redução de gastos, cada vez com mais freqüência telefonemas dão lugar ao e-mail. “A tecnologia permite que você coordene trabalhos sem se preocupar com fronteiras. Eu posso fazer uma reunião aqui em Brasília com pessoas de outros países através de vídeo-conferência”, aponta Romeiro.
Além de ser um meio de fazer contatos e buscar oportunidades profissionais, as redes sociais de relacionamento (como o Orkut) também servem como instrumento para pesquisa de mercado. Muitas empresas vêm adotando essa tática: monitoram os hábitos do público e fazem marketing nas redes sociais. “É fundamental que os jovens saibam usar a tecnologia da informação e as redes de relacionamento, mas não só para entretenimento. Têm de usar isso de forma estratégica para compor um bom currículo e para atuar profissionalmente”, orienta Romeiro.